O ex-governador da Paraíba, José Maranhão, participou neste domingo da convenção que elegeu o deputado federal Manoel Júnior como presidente do diretório municipal do PMDB de João Pessoa e revelou ter tido conversas com o deputado estadual Ricardo Marcelo, presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba e do Partido Ecológico Nacional no Estado que o estimularam a concorrer a um cargo nas eleições do ano que vem.
A ambição eleitoral de Maranhão, contudo, não foi especificada. Ele garantiu apenas que deverá entrar na disputa:
- Nunca disse que iria desistir da política. Tenho sempre dito que ainda não optei por um cargo. Uma coisa é certa: não serei candidato a governador porque não se pode ter dois candidatos. Quem tem dois não tem nenhum e já lancei Veneziano Vital do Rêgo. Quanto ao mais, aguardo a voz das ruas. Em todas as pesquisas que tem sido feitas pelo Estado, o meu nome desponta entre todos os candidatos e partidos como o mais forte. Agora, recentemente, o presidente da Assembleia me comunicou que fez uma pesquisa em que essa tendência está claramente delineada. Foi um telefonema e ele ficou de me mostrar a pesquisa depois.
Ao ser questionado diretamente se preferiria ser chamado de deputado ou senador, ele desconversou:
- Não se trata disso. Quero, a essa altura da minha vida escolher um caminho que possa ser o mais útil para a Paraíba e para o meu partido. Continuo sendo um soldado do PMDB. Desde 1964 que minha orientação política foi essa. Eu sempre me coloco à disposição do partido e da Paraíba.
Com a insistência dos repórteres em saber se ele estaria articulando uma postulação ao Senado, Maranhão enfatizou.
- Não. Não me fixei em nenhuma opção ainda.
- Não posso correr atrás de Wilson Santiago depois do que ele fez pelo partido. Mas, não somos intransigentes. Se ele manifestar o desejo de se compor com a candidatura de Veneziano, de minha parte não terá nenhuma oposição.
As declarações de Maranhão aumentam as especulações de um possível racha familiar, com uma possível dispultar com seu sobrinho Benjamin Maranhão.
As declarações foram dadas ao repórter Dênis Coelho.
Fonte: ParlamentoPB
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