Para o torcedor, o comportamento foi natural. O domingo do Dia dos Pais foi mais um momento de alta na gangorra que vive o time, ainda em busca de uma estabilidade. Depois da decepção com a péssima atuação diante do Santos, quem foi ao Pacaembu viu uma equipe mais vibrante, atenta e inteligente no ataque, mesmo sem ter sido brilhante.
Alexandre Pato mostrou falta de entrosamento com os companheiros, mas movimentou-se bastante e voltou a arriscar a gol, coisa que não havia feito no clássico. Romarinho e Emerson falharam quando estiveram diante do gol rival, mas correram pelos lados do campo tentando abrir espaços na defesa do Vitória e cumpriram seus papéis. Como armador, Danilo destoava um pouco dos companheiros, mas nada que tenha impedido o Corinthians de dominar a partida.
Tudo bem no ataque, mas quem começou a resolver a partida veio de trás. Aos 6 minutos de jogo, Ralf pegou um rebote na entrada da área, bateu firme e viu Wilson aceitar, espalmando a bola para dentro.
A missão do Corinthians, então, passou a ser a manutenção da intensidade. De novo, o jogo contra o Santos deve ter voltado à memória do torcedor, que na última quarta viu Paulo André marcar no início e iniciar um recuo e uma acomodação que permitiram a reação do rival na Vila Belmiro. Neste domingo, porém, os comandados de Tite mantiveram a postura.
Pouco antes do intervalo, o juiz Elmo Resende Cunha começou a ganhar espaço na partida. Quando o goleiro do Vitória espalmou um chute de Pato, Emerson foi rápido ao chegar no rebote e caiu alegando que Wilson teria segurado seu pé direito. De forma bastante confusa, o árbitro demorou a se decidir e resolveu não dar pênalti ou simulação do corintiano.
A chiadeira foi geral, e Elmo Resende Cunha teria outro lance-chave aos 5 minutos da etapa final, quando Pato recebeu na área, tentou o corte no zagueiro e a bola bateu no braço do zagueiro do Vitória. Mais uma vez com alguma lentidão, o juiz apontou a marca de cal e deu pênalti, convertido pelo camisa 7 do Corinthians.
Até o fim do jogo, o Vitória ainda reclamaria um suposto pênalti de Gil e em outros lances menos capitais. Elmo Resende, porém, escapou de um novo problema enquanto os dois times esfriavam em campo. Quando Tite tirou Pato para a entrada de Douglas, por volta dos 30 minutos, o ânimo corintiano aparentemente chegou ao fim, embora as chances tenham aparecido ocasionalmente, com Romarinho e o próprio Douglas.
Uol
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